Certa vez, um executivo do ramo de supermercados - hoje, já aposentado da rede Wegmans - me explicou que o principal foco das operações de processamento de queijos era otimizar fabricação recente de produtos. Vendo a confusão estampada em meu rosto, ele me explicou que, para os clientes, data de fabricação recente equivale à qualidade, que significa vendas. Essa equação também se aplica à indústria avícola e de carnes: produtos recentes não apenas geram vendas, como fazem você ganhar mais!

As apresentações de apropriação usadas por produtores do setor avícola e de carnes para justificar a automação de suas operações são informações muito úteis e valiosas. Uma das primeiras que li, me surpreendeu. As economias com os custos de mão de obra são apenas 30% do retorno sobre o investimento (ROI). Eu teria chutado que um percentual muito maior do ROI seria atribuído às economias com mão de obra. Outro fator que me surpreendeu foi que as melhorias em termos de fabricação recente tiveram impacto significativo, mais da metade da contribuição de mão de obra. Desde então, observei como outros produtores justificam seu capex e tenho visto uma similaridade mercadológica. Em alguns casos, a mão de obra estava alguns pontos percentuais à frente, mas produtos com data de fabricação recente apresentaram um crescimento continuado e consistente.

Para ser mais específico, produtos com data de fabricação recente impulsionam a arrecadação (e, consequentemente, os lucros) quando uma solução de processamento de pedidos permite que você envie o produto mais antigo possível, que ainda atenda aos requisitos do cliente — que também é conhecido, em inglês, de First-In First-Out (FIFO). A eficiência no processamento de pedidos tem um peso ainda maior quando a operação atende a uma área geográfica abrangente, casos nos quais um produto pode permanecer vários dias em trânsito. Quando o pedido é separado, certo percentual do produto se torna obsoleto, ou seja, o produto deve ter desconto ou, em último caso, ser descartado. Em ambos os casos, a receita e os lucros caem.

São dois os principais elementos que contribuem para que o produto se torne obsoleto. Um deles ocorre quando a demanda prevista do produto não se concretiza. Nesse caso, não há muito no que a automação possa ajudar. O outro fator é quando um produto mais recente é separado em vez do produto mais antigo, seja por falhas no design do sistema ou por erro humano. O produto mais antigo se torna obsoleto e as próximas projeções devem, então, ser reajustadas para compensar o produto “recente” que será exigido para pedidos futuros.

Você pode se perguntar: como a automação pode melhorar o gerenciamento de produtos recentes? Bem, primeira e obviamente, a automação pode reduzir os erros humanos ao remover a separação manual. O segundo ponto é um pouco mais sutil: ela retarda a paletização do produto até que o momento de processar um pedido.

O estoque recente de carnes e aves apresenta um índice de faturamento maior do que a maioria dos produtos alimentícios. Tecnologias como o Multishuttle® da Dematic oferecem meios econômicos para manter o estoque até o momento de processamento de um pedido. Com essa tecnologia, você sempre atribui o produto que melhor atende aos requisitos específicos do pedido.

Além disso, as soluções baseadas no Multishuttle da Dematic oferecem outros benefícios operacionais e estratégicos, mas vamos falar mais sobre isso em outra publicação. Por hoje, você só precisa se lembrar que as vendas atualizadas (principalmente para produtos avícolas e carnes) e a automação são essenciais para disponibilizar aos clientes produtos recentes de forma consistente e rentável.